Nunca se falou tanto em saúde mental quanto nos últimos tempos, especialmente no meio corporativo, onde muitos profissionais têm se afastado de suas funções ou por não conseguirem conciliar as demandas do trabalho e sua rotina de vida pessoal, ou por terem que lidar com a pressão de cobranças, prazos, resultados, etc. E, muitas vezes, isso não significa que o profissional precise fazer uma escolha, de por exemplo abdicar do seu trabalho para priorizar sua vida pessoal, ou sacrificar a vida pessoal pelo trabalho, é preciso encontrar um equilíbrio entre as duas áreas, pois uma depende da outra, e as duas são fundamentais para uma vida feliz e saudável. Afinal, um profissional eficiente e exemplar não mantém alto rendimento por muito tempo sem ter uma vida pessoal feliz, sem lazer e abdicar de sua carreira, ou trabalho, também pode prejudicar a vida pessoal, comprometendo a renda e o poder aquisitivo para realizar suas atividades de lazer.
E para o profissional conseguir encontrar e manter este equilíbrio entre vida profissional e pessoal, desenvolver sua inteligência emocional pode fazer toda a diferença para ele e também para a empresa. Afinal, ao contar com um profissional eficiente e emocionalmente preparado para lidar com imprevistos e situações desafiadoras, a empresa também sai ganhando, reduzindo o turnover de afastamentos por saúde mental. E o profissional de RH tem um importante papel nesta função, de desenvolver a inteligência emocional dos colaboradores da empresa, um elemento fundamental, pois é a base de todas as ações que envolvem a gestão de pessoas.
Ao desenvolver a inteligência emocional, o profissional desenvolve maior capacidade de compreender e administrar suas próprias emoções e como lidar com os problemas que surgem.
Se a empresa onde você atua ainda não desenvolve ações voltadas à inteligência emocional, saiba um pouco mais sobre o tema e veja como é simples e acessível desenvolver algumas ações de forma estratégica. Confira a seguir algumas dicas para o profissional de RH desenvolver essa importante habilidade comportamental junto aos colaboradores de uma empresa!
Uma das maiores empresas de consultoria especializada em inteligência emocional, a TalentSmart, aponta que a inteligência emocional é uma competência que impacta 58% da produtividade de qualquer profissional.
Considere como exemplo um colaborador que recebe um feedback negativo sobre algo que fez. Se este profissional não estiver emocionalmente bem-preparado, pode ficar abatido com o apontamento e até chateado com a pessoa que deu o feedback, além de ficar desmotivado por alguns dias, reduzindo sua produtividade e afetando o clima organizacional e a produtividade de outras pessoas próximas a ele.
Mas, se o profissional estiver preparado emocionalmente para receber feedbacks negativos, a tendência dele receber bem esse apontamento para melhorar sua performance, pode motivá-lo ainda mais, melhorando sua produtividade para que seja exemplo a ser seguido por seus colegas. Isso mostra o quanto a inteligência emocional, ou a falta dela, em um único colaborador, pode impactar junto a sua equipe e nos resultados de toda empresa, mostrando o quanto é importante desenvolver esta competência no trabalho.
O setor de RH de uma empresa é responsável por diferentes etapas em um processo de desenvolvimento da inteligência emocional em uma empresa. Cabe aos profissionais de Recursos Humanos promover ações com os funcionários, realizar o acompanhamento do clima organizacional, monitorando a satisfação e o bem-estar dos colaboradores, para identificar pontos de melhoria e de alerta, para propor ações estratégicas.
Veja agora quais as ações práticas o RH pode realizar para desenvolver a inteligência emocional dos profissionais de uma empresa:
Muitas empresas ainda não priorizam essa questão e acabam perdendo tempo, dinheiro e motivação da equipe por causa disso. Para melhorar este ponto de forma estratégica, é preciso ter em mente que o RH não é basicamente o setor da folha de pagamentos, contratações e demissões. Pelo contrário, é um setor estratégico, que precisa ter tempo para focar nas pessoas, para propor ações de atração e retenção de talentos, treinamento e desenvolvimento de colaboradores, etc.
Mas, sabemos que também cabe a eles realizar algumas atividades burocráticas voltadas aos processos da empresa. Para otimizar o tempo das atividades burocráticas do RH, a empresa precisa avaliar a implantação de sistemas inteligentes, como por exemplo, o controle de ponto online, que permitem controlar o horário de trabalho dos colaboradores, realizar a gestão de jornada, gerar diversos tipos de relatórios, entre outras funcionalidades que permitem que o RH seja mais estratégico. Ao contar com soluções que otimizam a parte burocrática do trabalho, o RH tem mais liberdade de tempo para focar no que mais importa: as pessoas.
Quando o profissional de RH for desenvolver as ações voltadas aos colaboradores, é importante começar pela própria equipe, focando no desenvolvimento da inteligência emocional dentro da empresa. Esta etapa é importante para alavancar os resultados, melhorar o clima organizacional e até mesmo para preparar o ambiente para os novos colaboradores que entrarão para a empresa futuramente.
Algumas ações simples do RH podem auxiliar nesta etapa, como por exemplo:
-Realizar palestras e treinamentos sobre inteligência emocional no trabalho, explicando sua importância, para que os profissionais se familiarizem com o assunto e se interessem em desenvolver esta habilidade;
-Preparar os gestores para que saibam dar e receber feedbacks de forma adequada, compreendam a importância de evitar a sobrecarga das equipes e consigam estimular a empatia e a colaboração de todos;
-Compartilhar conteúdos, estudos e reportagens sobre estresse, ansiedade, depressão, burnout, esgotamento mental, etc, orientando que busquem ajuda quando precisarem.
De nada adianta o RH desenvolver ações voltadas à inteligência emocional internamente, se ao contratar novos profissionais, não observar essa questão durante o processo de recrutamento e seleção. Profissionais emocionalmente inteligentes costumam ser mais eficientes, colaborar para um clima melhor entre os colegas e trabalhar melhor em equipe, o que é extremamente positivo sob vários aspectos.
Para conseguir identificar melhor as competências comportamentais no perfil de um candidato durante o processo seletivo, e se ele tem uma inteligência emocional desenvolvida, algumas perguntas podem ajudar o profissional de RH, como por exemplo:
Conte sobre uma situação que você trabalhou em equipe e como você se sentiu;
Como você se sente quando precisa trabalhar sob pressão, com prazos curtos;
Você já precisou pedir ajuda para um colega? Como foi e qual o resultado?
Com base nas respostas a perguntas simples como estas acima, já é possível para o recrutador ter uma noção de como o candidato se comporta e lida com suas emoções. Com isso, o RH promove um nivelamento de profissionais preparados para gerenciarem suas próprias emoções, promovendo produtividade para a empresa e um ambiente de trabalho agradável entre os profissionais, que passam a reconhecer que podem sentir diferentes emoções, mas que saber gerenciá-las com equilíbrio, de forma saudável, com empatia e conhecimento, proporciona bem-estar coletivo.
Se você se interessou em saber mais cobre inteligência emocional e como desenvolvê-la junto aos colaboradores de sua empresa, confira o curso de Inteligência Emocional do Instituto Fragatha, realizado de forma EAD, ao longo de 7 aulas, com 30 horas totais de duração e certificado concedido ao final do curso. O curso aborda os principais conceitos da Inteligência Emocional, e aborda as principais características de pessoas emocionalmente inteligentes. Com uma didática muito simples e prática, através de vídeos aulas e materiais interativos e explicativos, viabiliza acesso a ferramentas que contribuem para desenvolver a inteligência emocional de forma assertiva. Confira e saiba mais!
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