Cada vez mais as empresas brasileiras têm se dado conta que mesmo para competir em um mercado tão acelerado, é preciso incentivar os processos de colaboração. E mesmo em um contexto competitivo, saem na frente as empresas que contribuem entre si, que geram parcerias e que expandem os negócios ao invés de limitá-los.
Colaborar é fazer diferente – se o movimento normal dos negócios é superar e ter o concorrente como um adversário, inovador é aquele que colabora e recebe colaboração. Eis uma mudança de mentalidade oriunda de metodologias de gestão e de um paradigma mais humanizado de administração de empresas.
Se considerarmos o modelo Scrum, adotado por profissionais e equipes de TI, por exemplo, um dos seus princípios é a colaboração: isso garante que as pessoas evoluam como um time quando trabalham com o framework e tirem o melhor proveito disso.
A gestão de alta performance é um exemplo de mentalidade que contribui para os processos cada vez mais colaborativos, seja dentro ou fora da empresa. Para desenvolver diferenciais próprios, uma empresa precisa de colaboradores essenciais, que buscam contribuir com os processos e se permitem ajudar e serem ajudados, trocar ideias e experiências, que tenham espaço e autonomia – fruto de uma cultura organizacional de ponta, baseada na aprendizagem. O Coaching é outro exemplo de recurso que tem incentivado a ascensão da colaboração, no nível pessoal ou corporativo.
Mas como incentivar a colaboração entre liderados e entre as equipes? O ponto de partida é a autoanálise e a pesquisa de quem de fato são os seus colaboradores. Em um contexto pessoal, isso também pode ser efetivado. Quem são as pessoas que trabalham em sua empresa, que trabalham com você, seus parceiros, como passam o dia, como interagem com o ambiente de trabalho? Quais as tecnologias utilizadas na hora de exercer as suas funções? Como ocorrem os processos colaborativos? Só é possível mudar com assertividade aquilo que se conhece.
A segunda etapa é avaliar as mudanças necessárias em prol de rotinas mais colaborativas para as equipe e atitudes pessoais, se este for o caso. A colaboração deve ser vista como uma competência essencial e deve constar tanto em planejamentos de negócio como na descrição de cargo. Crie um plano de transformação, com descrição específica de cada ação estratégica que promova a colaboração em curto, médio e longo prazo. Lembre-se que a colaboração não deve ser impositiva e que mudar na estrutura física do ambiente é muitas vezes saudável.
Colaboração é comunicação – e esta é a terceira etapa que deve ser analisada. Como ocorre a comunicação entre as pessoas de sua empresa ou equipe? Quais os recursos tecnológicos e comunicativos que podem contribuir neste aspecto? Há capacitações assertivas para que as pessoas desenvolvam competências comunicativas? É importante ressaltar que o treinamento deve ser o passo seguinte para processos mais colaborativos. O feedback vem sendo incentivado?
A última fase é um plano de adoção – aquisições que possam fazer a diferença para a colaboração interna e na mudança de mentalidade e comportamento das pessoas envolvidas com o seu negócio. Avalie se é necessária uma nova metodologia de gestão, eventos que promovam a colaboração, acompanhamento de Coaching, mudanças estruturais ou mesmo de pessoal.
A colaboração pode também ser um valor, que transcenda os limites do público interno e se torne uma característica do seu negócio no mercado. Isso pode envolver clientes externos, parceiros e canais, fornecedores, investidores, etc. O ponto de partida pode ser o seu negócio.
Segundo o pesquisador Geoffrey James, a colaboração pode ser um problema para a criatividade. Pessoas criativas são autônomas, gostam da solidão, de terem um processo único de inspiração e insights. O processo criativo requer liberdade e espontaneidade. No ambiente corporativo, segundo o pesquisador, há muitas pessoas em uma mesma caixa, contribuindo para o desenvolvimento do negócio.
Ao obrigar um criativo a colaborar simplesmente pode ser muito frustrante. Enquanto a criatividade requer liberdade, solidão e espaço para existir, a colaboração é fundada pela interação social efetiva. É preciso chegar em um meio termo para que uma instância não comprometa a outra.
A colaboração não está restrita ao universo colaborativo. Na vida pessoal e profissional independente, adotar uma postura de colaboração pode abrir as portas certas. Conscientização, articulação e abertura para o novo são atitudes positivas para a colaboração.
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