A capacidade de cada profissional para ser notado e disputado por recrutadores e também de se manter em seu emprego está diretamente relacionada à empregabilidade. Ou seja, o alinhamento entre o que esses profissionais têm a oferecer e as qualificações que as empresas buscam para preencher suas vagas. Este conceito foi criado no final da década de 90, pelo educador e orientador profissional José Augusto Minarelli, especialista em recolocação e aconselhamento de carreira e pioneiro no assunto aqui no Brasil.
Ainda que a empregabilidade represente a aptidão dos profissionais para atender as exigências das empresas, desenvolvê-la não cabe somente a eles, mas também que as organizações assumam essa responsabilidade, especialmente o RH e a gestão de pessoas, por serem responsáveis pelo desenvolvimento dos profissionais das empresas.
Sendo assim, quanto mais exigente for uma empresa, maior será a empregabilidade de seus colaboradores, pois contarão com maior desenvolvimento profissional. Logo, cabe à gestão de pessoas incentivar seus profissionais a buscarem se aperfeiçoar.
A empregabilidade é fundamental para quem busca uma recolocação ou primeiro emprego, pois possibilita que o profissional se destaque junto aos recrutadores e seja selecionado como uma opção interessante no processo seletivo. E, para quem já trabalha, contribui para manutenção de seu emprego, sendo uma boa estratégia para o profissional demonstrar valor para a empresa, contando com maior estabilidade.
Saiba mais sobre o tema e como aumentar a sua empregabilidade para se tornar um profissional reconhecido e disputado pelo mercado de trabalho. Confira!
A empregabilidade se baseia em 3 aspectos essenciais: as competências, os conhecimentos e a rede de relacionamentos. Cada um deles tem um impacto específico junto ao RH das empresas, que sempre estão presentes, tanto na busca por novos profissionais ou na avaliação de sua permanência no quadro de funcionários.
A falta de capacitação é apenas um dos fatores que contribuem para a desocupação dos postos de trabalho, mas outras causas podem comprometer a empregabilidade.
Formação Acadêmica: As empresas priorizam os profissionais que se dedicam a uma especialidade e investem na qualificação acadêmica, buscando conhecimento, diferentes habilidades e experiências que aumentam sua eficiência.
Perfil Profissional: Além das habilidades específicas para a vaga, é preciso ter um perfil alinhado aos objetivos e à cultura da empresa, a fim de evitar conflitos futuros.
Experiência: Muitas vezes é o fator decisivo para a maioria dos recrutadores. Por isso, cabe às empresas possibilitar condições aos iniciantes, auxiliando-os em seu desenvolvimento e crescimento profissional.
Rede de Relacionamentos: Saber se relacionar com os colegas e gestores é pré-requisito para um clima organizacional agradável e equipes mais engajadas e produtivas. Por isso, manter um bom networking é um fator de empregabilidade e deve ser incentivado pelo RH.
Para José Augusto Minarelli, a empregabilidade é baseada em 6 pilares. Confira a seguir cada um deles:
1 – Adequação Vocacional: Refere-se à vocação profissional de cada pessoa, afinal, quando se trabalha com algo que se gosta, a produtividade é bem maior. Por mais preparo e qualificação que um profissional tenha, também é importante ter vocação para a função/área em questão.
2 – Competência Profissional: É a capacidade técnica e a postura do profissional em relação ao cargo pretendido. Quando uma empresa abre uma vaga, descreve as competências desejadas, como liderança, nível superior, experiência, etc. e, quem preencher mais requisitos, terá maior empregabilidade.
3 – Idoneidade: Está relacionada aos valores de cada pessoa, como honestidade e fidelidade, por exemplo. É essencial para criar uma relação de confiança entre a empresa e o profissional. É também uma soft skill influente para a manutenção do emprego, já que é mais perceptível nas ações e comportamentos do dia a dia, do que em um processo seletivo.
4 – Saúde Física e Mental: Estes dois fatores afetam diretamente a empregabilidade, já que problemas de saúde prejudicam a produtividade e a disponibilidade profissional, tanto no desempenho em um processo seletivo, quanto na permanência em um emprego. Por isso, ações de dedicação e autocuidado com a saúde também são características desejáveis no mercado de trabalho.
5 – Reserva Financeira: Ter um bom controle de gastos e uma reserva financeira favorece os profissionais a terem mais segurança diante de imprevistos que possam surgir. Para quem está em busca de recolocação, contribui para o profissional não aceitar qualquer vaga e poder investir no seu preparo para oportunidades melhores. E para quem já está empregado, promove certa tranquilidade, evitando que a questão financeira seja um fator que prejudique a empregabilidade.
6 – Relacionamentos: O networking potencializa as oportunidades de emprego e de mudança de empresa. Ao criar vínculos com outros profissionais e fortalecer laços com as pessoas certas, as pessoas criam contatos estratégicos, que favorecem a empregabilidade.
Com base nos pilares citados, veja a seguir como aumentar a sua empregabilidade e se tornar um profissional disputado no mercado de trabalho:
1. Fortaleça seu Autoconhecimento: É fundamental que você identifique suas preferências e prioridades e tenha seus valores bem definidos, a área que pretende seguir e qual tipo de empresa se encaixa no seu perfil. Caso seja necessário, conte com um coach, ou até mesmo, um psicólogo para auxiliá-lo.
2. Conheça o Mercado: Informe-se, pesquise sobre as principais empresas da área para entender quais são as competências que elas exigem nas vagas divulgadas. Acesse o perfil dessas empresas no LinkedIn e faça contato com alguns colaboradores, para saber mais sobre a realidade de trabalho nessas empresas.
3. Cuide da sua Saúde: Pessoas doentes ficam limitadas para realizar um bom desempenho ou dar o máximo de si no trabalho. Por isso, é importante cuidar da alimentação, fazer exercícios físicos e realizar consultas médicas e exames de rotina. Assim como reservar momentos de lazer em sua rotina, ter hobbies, etc.
4. Controle suas Finanças: Contar com as finanças em dia, reflete em tranquilidade para tomar decisões importantes na carreira. Para isso, a principal dica é contar com uma reserva de emergência para, pelo menos, 6 meses a 1 ano. Se você ainda não tem, comece logo, mesmo que isso leve alguns meses, o ideal é reservar cerca de 30% da sua renda, para ter uma garantia futura para quaisquer imprevistos.
5. Crie uma rede de Networking: Grande parte das contratações nas empresas têm sido realizadas por meio de indicações dos colaboradores. É muito importante se aproximar das pessoas certas e o networking é um grande propulsor para estes contatos. Criar bons relacionamentos e contatos pode gerar indicações para oportunidades e promoções.
6. Invista em Capacitação: Empregabilidade e capacitação andam juntas. Sendo assim, disponha tempo e dinheiro para aprimorar seus conhecimentos. Entenda onde você precisa se aperfeiçoar e estabeleça um planejamento para a sua carreira. Inclua cursos, treinamentos, eventos, etc.
7. Estímulo: Ao identificar talentos em potencial, os recrutadores precisam investir neles, oferecendo continuidade ao processo de aprendizagem e suporte ao crescimento profissional.
Estimular a empregabilidade exige medidas práticas e estratégicas para tornar o colaborador mais “competitivo”, evitando perdê-lo para a concorrência e controlando as taxas de turnover.
As ações de empregabilidade são necessárias na vida de todos os profissionais, por isso é importante identificar e fortalecer seus pilares para maior desenvolvimento e crescimento profissional. Para se aperfeiçoar de forma eficiente, acesse o site do Instituto Fragata e confira todas as possibilidades de cursos ead disponíveis!