A realidade do mercado de trabalho sinaliza que cada vez mais as empresas priorizam contar em seu quadro de colaboradores com profissionais que demonstram maior iniciativa e autogerenciamento, que saiam da posição cômoda de “esperar” que lhe solicitem algo ou apontem se o seu trabalho está certo ou errado e saibam o que precisam fazer e de que forma, para conclusão dentro do prazo estabelecido, mesmo diante de imprevistos.
E quando uma pessoa se “autogerencia”, ela acaba se tornando mais lucrável para a empresa, como por exemplo no atual momento em que vivemos, onde muitas empresas precisaram reduzir e flexibilizar suas estruturas organizacionais, implicando em mudanças e na forma como as pessoas trabalham, como no caso do home office.
Com mudanças como esta, de ambiente de trabalho, os próprios profissionais passaram a gerenciar suas funções no home office e, para continuar competitivos, atendendo as mesmas demandas que antes realizam de forma presencial nas empresas, sentiram a necessidade de se organizar melhor e controlar seus próprios resultados a serem alcançados, mesmo a distância. Com a tendência do trabalho remoto tornando-se uma realidade, os profissionais passaram a sentir essa necessidade, de aprender a se autogerenciar para entregar bons resultados. Além disso, com um número crescente de atividades cada vez mais complexas no trabalho, os profissionais também precisam aprender e pôr em prática novas formas de gerenciar e otimizar o seu tempo, especialmente ao lidar com situações de distração que podem envolver o home office.
Se você também notou essa necessidade, de aprender como gerenciar melhor as suas demandas, confira a seguir os prós e contras do autogerenciamento profissional e como aplicá-lo no seu dia a dia:
Praticar o autogerenciamento na sua profissão e na sua vida é muito importante para alcançar seus objetivos e trabalhar com metas realistas de demandas e resultados. Para isso, o primeiro passo é conhecer melhor a si mesmo, que é uma habilidade fundamental a ser aprendida.
Ao conhecer melhor seus pontos fortes e fracos e ter maior clareza para entender como eles podem contribuir positivamente ou negativamente em suas atividades, ao ponto de admitir que não é tão bom em algo, mas é bom em outra área, identificará qual sua área de melhor competência para dedicar maior parte do seu tempo e energia em busca dos seus objetivos. Desta forma, estará desenvolvendo o grande gestor que deseja ser, gerando benefícios que refletirão em sua vida pessoal e profissional.
Um profissional que não tem consciência de suas competências, além de não saber administrá-las, pode fazer escolhas equivocadas, desperdiçar recursos e oportunidades de carreira. E essas análises são fundamentais para que você possa identificar suas habilidades e mapear o que deve melhorar para alcançar seus objetivos.
Confira a seguir algumas dicas para aplicação do autogerenciamento no seu dia a dia:
Descanse: Lembre-se sempre de descansar e de ter atividades de lazer: faz bem para o corpo, para a alma e para o coração. Ao retornar ao trabalho, sua disposição e produtividade aumentarão significativamente, ou seja, algumas pausas são um investimento válido.
Análise Swot: A Análise Swot Pessoal é uma dessas ferramentas que permite identificar suas forças e fraquezas juntamente com as ameaças e oportunidades que pode sofrer. Muitas táticas de gestão podem ser facilmente adaptadas à carreira e vida pessoal, facilitando o autogerenciamento. E atenção! Não desperdice tempo em áreas onde você não tem muita capacidade ou aptidão para se desenvolver e crescer. Ao conhecer a si mesmo, compreenderá o que é capaz de oferecer para as pessoas e para as empresas.
Além da importância do seu próprio autogerenciamento, o trabalho em equipe também é muito importante, por isso, uma equipe “autogerenciável” valoriza os pontos fortes de cada integrante, (líder, facilitador, operacionalizador, outros) priorizando as competências de cada um, de forma inteligente, refletindo em resultados mais positivos. O conceito de “grupos autogerenciáveis” ainda está ligado à filosofia da empresa japonesa Toyota, por ser referência em cursos de aspecto dinâmico, flexível, adaptável e inovador.
Com a maioria das empresas atuais mais adeptas ao modelo do Toyotysmo, diversas burocracias foram extintas, como o envio do mesmo documento para vários setores por exemplo, mostrando maior confiança ao microgerenciar pessoas autogerenciáveis, autocríticas, auto preocupada, auto comprometidas, automotivadas, etc.
Em tempos onde se fala tanto em competências, já é questionável o microgerenciamento de condutas quando elas podem ser autogerenciáveis através do autofeedback de uma equipe, que também está focada em melhores resultados a partir do seu trabalho.
Desta forma, tanto o autogerenciamento quanto o desenvolvimento de talentos através da formação de equipes autogerenciáveis para prática de autofeedback, auto observação, assertividade, entre outros, é ponto positivo tanto para os profissionais, capazes de se adaptar mais facilmente às mudanças, quanto para as empresas, que passam a contar com profissionais e equipes responsáveis além de suas funções.